Partilho nesta entrada um trabalho que foi publicado em Synérgies Espagne no final do ano passado e no qual analisei com a professora Laura Pino (USC) como é que as gramáticas de francês para falantes hispanófonos explicam os complementos do verbo em francês. Trata-se de uma questão delicada, uma vez que as tradições gramaticais hispanófona e francófona não delimitam do mesmo jeito os complementos do verbo. Aliás, ambas as tradições não usam sempre a mesma terminologia. Estas diferenças implicam uma série de complicações no plano didático que cada gramática analisada tenta resolver com diferentes estratégias de contextualização. Este trabalho desenvolveu-se no quadro da rede GRAC (Grammaires et contextualisation), liderada pola Universidade Paris 3, e deveria ser a primeira de várias análises sobre as estratégias de contextualização da gramática francesa nas aulas hispanófonas. O trabalho pode ser consultado no site da revista ou em Academia.edu. Partilho a seguir a versão em inglês do resumo da publicação:
The purpose of this study is to analyze how verbal complementation is covered in ten grammar textbooks published in Spain in the last 30 years, focusing chiefly on their degree of contextualization. This is an especially controversial issue producing some difficulty in Spanish students studying French as a foreign language, due to ongoing terminological hesitations and to the occurrence of contradictions and mismatches between both languages. We put special focus on some contextualizing processes identified in these textbooks: the use of the L1, the activities to promote interlingual awareness, the contrastive discourse and the adaptations introduced in the discourse on grammar.