Já se tem falado e escrito muito, especialmente no âmbito da didática das línguas, sobre as vantagens de usar a banda desenhada nas aulas. Pessoalmente, comecei a usar a banda desenhada no ano passado nas aulas de francês como língua estrangeira de 2º curso do Grau (Licenciatura) de Educação Infantil. Porém, não usei este recurso especificamente nas atividades de aula, senão no grupo de trabalho que criei para esta matéria no Facebook. Criei um avatar similar a mim coa aplicação Bitstrips e em diferentes vinhetas fazia anúncios relacionados coa gestão das tarefas. A acolhida do alunado foi excelente e este ano estou a repetir a experiência nas matérias de didática da língua estrangeira com igual sucesso.
Com esta utilização específica da banda desenhada consegui animar os grupos de trabalho das materias na rede social (Facebook), onde se corre o risco de que a profusão de texto provoque desmotivação. Cumpre lembrar ademais que é nos seus murais persoais, misturados com todo tipo de mensagens dos seus contatos, onde o alunado costuma ver as mensagens do grupo. Portanto, as mensagens do professor, para captarem a atenção do alunado, devem ser o mais atraentes possível, já que competem nos murais com publicidade de todo tipo. Ao estimularem a atenção visual do alunado, as mensagens lançadas do grupo de trabalho tornam-se mais visíveis nos seus murais. Ademais, a banda desenhada permite reforçar o significado das mensagens introduzindo aspeitos como o cenário ou a gestualidade. Isto é especialmente importante no caso de ser uma língua estrangeira (o francês) o objeto de estudo ou a língua veicular da aprendizagem.
Evidentemente, não se deveria abusar deste recurso já que, ao se tornar uma rotina, pode-se acabar conseguindo o efeito contrário. Saber dosificar as vinhetas no mural do grupo e decidir para que tipo de mensagens se vai usar este recurso é, portanto, tão importante como a escolha dos elementos visuais que reforçarão a mensagem do professor.